Apresentação
A história de Dayane e Zé Firo começou em 2004, quando Marta Kawamura escreveu um roteiro inspirado em uma cena vista na rua de sua casa: crianças brincavam com uma garrafa pet, que, lançada para o alto, voava ao sabor do vento. A partir desta cena, e de pesquisa sobre a mitologia, Marta criou a história da criança solitária que brinca com o vento.
Após algumas contribuições ao roteiro e de testes com vários desenhistas, em 2005 chegou-se à caracterização ideal de Dayane e de seu mundo. O roteiro foi transformado em um storyboard e o projeto ganhou corpo, com a participação da desenhista Marina Viana e do produtor Pietro Picolomini.
O projeto foi inscrito e contemplado no Edital do Concurso n. 05/2005 do Ministério da Cultura, e foi executado entre junho de 2007 e março de 2009, nas cidades de São Carlos, Bauru e São Paulo.
A realização do projeto é assinada pela Magma Filmes, produtora de cinema sediada na cidade de São Carlos.
A história
Com duração de 10 minutos, o curta-metragem de animação “Dayane e Zé Firo” tem como eixo central a relação entre uma menina e o vento. Dayane não tem brinquedos nem amigos, mas como toda criança, quer brincar. Um dia, quando a solidão começava a apertar seu coração, Zé Firo, o vento menino, veio brincar com ela.
Proposta estética
A proposta estética deste desenho animado baseia-se na simplicidade: poucos traços na folha de papel, poucos cenários, atmosfera onírica.
A técnica do desenho é evidenciada com a apresentação da textura do papel ao fundo do quadro. Cores aparecem apenas em momentos especiais.
Os personagens expressam-se por sons, sem palavras. Não há falas.
Os temas
A magia da infância
Através dos olhos de Dayane, vemos cores em um mundo preto e branco; onde não há carinho, brinquedos ou amigos, Dayane brinca com o vento, levando-nos de volta ao maravilhoso mundo de fantasia da infância, onde o lirismo marca a relação das crianças com o ambiente.
Diferenças sociais
Os vizinhos de Dayane têm condições de vida muito superiores às dela, com brinquedos, uma casa confortável, animais de estimação etc, mas isso não faz com que eles sejam mais simpáticos, ao contrário. Dayane é discriminada por seus vizinhos porque é uma desconhecida, e não tem brinquedos para lhes mostrar.
Família
A mãe de Dayane, solteira, a cria em condições precárias de habitação e afeto. Sem estrutura familiar, Dayane está à mercê das condições sociais em que nasceu, tendo que suportar o ambiente pouco amistoso que a cerca.
Plano de divulgação
A estratégia de divulgação do curta-metragem tem três eixos: participação em festivais, exibição em emissoras de TV educativas e exibições em escolas e centros comunitários, seguidas de debate e oficinas, realizados em parcerias com órgãos governamentais.
Também será feita, posteriormente à estréia do curta-metragem, a transposição do formato de alta definição para o de película 35mm, ampliando a margem de exposição da obra.
Apoio do Ministério da Cultura
Em dezembro de 2005 o Ministério da Cultura publicou o Concurso de Apoio à Produção de Obras Cinematográficas Inéditas, de Curta Metragem, do Gênero Animação (edital n. 05/2005). 218 projetos de curtas de animação com duração entre 5 e 15 minutos concorreram ao apoio do Minc para produção, no valor de R$ 60 mil reais. Dayane & Zé Firo foi um dos 10 projetos selecionados, sendo os outros:
O ANÃO QUE VIROU GIGANTE, de Marcelo Fabri Marão (RJ); ATROX TEMPUS, de Carlos Daniel Medeiros (RS); COMO SE FOSSE AINDA, de Erica Martins Valle (SP); DISNEI NO GELO, de Alexandre Machado de Sá (SP); ENTRE SILÊNCIO E SOMBRAS, de Murilo Hauser Valério (PR); A MENINA QUE PESACAVA ESTRELAS, de Ítalo Cajueiro de Oliveira (DF); O RAPTO DO PEIXE BOI, de Cássio Mauro Oliveira Tavernard (PA); TERRA de Sávio Leite e Silva (MG) e UM OUTRO, de Alba Liberato (BA).
Equipe
Roteiro e direção: Marta Kawamura
Formada em Imagem e Som pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), é produtora audiovisual e educadora. Idealizou e coordenou diversos projetos de produção e formação em audiovisual através do Núcleo de Audiovisual da ONG Ramudá (São Carlos), da qual foi coordenadora geral entre 2004 e 2007. Assistente de produção e direção do documentário “Bumba-meu-boi, Festa Sagrada”, exibido na TV Cultura (SP), Canal + (França), Festival Guarnicê (São Luiz-MA) e outras mostras; assistente de produção e direção do documentário “João de Camargo, Água, Pedra Verdade”, exibido na TV Senac e em diversas mostras temáticas; produtora e diretora dos documentários “A Festa do Curupira”, “Seleta Coletiva” e “Rua Viva”, exibidos em TVs educativas, festivais, fóruns e espaços de educação ambiental; produtora e diretora do vídeo institucional “Kena”, exibido na exposição da artista em Colônia e outras mostras; roteirista do vídeo “Euclides, Mestre e Escola”, produzido pela ONG Ramudá, exibido nas TVs locais, seminários e no Vídeo Festival São Carlos 2002 (Prêmio do Júri Popular).
Produção: Pietro Picolomini
Bacharel em Ciências Sociais pela UFSCar, é produtor audiovisual, com experiência nas áreas de produção, roteiro e direção em ficção, documentários, institucionais e teatro. Produtor, roteirista e diretor do curta-metragem “No Meio do Caminho” (premiado no Mapa Cultural Paulista 2002); produtor, roteirista e diretor do clipoema “Dadasianismo Parnaísta” (roteiro premiado pela prefeitura de Curitiba); produtor e diretor do média-metragem “Muñeco al Suelo” (Argentina), em edição; assistente de direção do longa-metragem “Sombras”, de Mauro Bedendo (Argentina); produtor, roteirista e diretor do documentário “Na Margem”; produtor e diretor do documentário “Casa Tomada”, exibido em diversos festivais; produtor e diretor do documentário “Variante E”, em produção. Atualmente cursa mestrado em Antropologia Social pela UFSCar, ministrando oficinas de vídeo e desenvolvendo projetos de documentários e ficção.
Desenhos: Marina Vianna
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela EESC/USP (Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo), trabalha com comunicação visual e ilustrações. Entre seus trabalhos estão: projeto gráfico e diagramação das publicações “Integración, libre comercio y la acción sindical en América Latina y Caribe/ORIT” e “Coleção Cadernos Inovarural/CEF”. Atualmente é integrante da área de design gráfico e multimídia da equipe POSDESIGN e mestranda em Estética e História da Arte pela USP.
Desenhos: Paulo Hernani Chedid
Bacharel em Imagem e Som pela UFSCar, atua nas áreas de edição, câmera e produção de arte. Entre os trabalhos mais importantes na graduação destacam-se: direção, direção de arte e roteiro do curta-metragem “Biscoito Ana Lúcia” (2002), a edição dos curtas-metragens “O Botão”, “Dadasianismo Parnaísta” e “Sobreviventes”. Profissionalmente atuou no Núcleo de restauração digital (Teleimage), ministrou aulas de Direção de Arte no Ponto de Cultura AJA – João Amazonas, em Santo André (SP) e fez composições e rotoscopia para filmes publicitários (Margarida Flores e Filmes).
Intervalação: Flavio Bernardes de Paula
Designer formado pela UNESP (Universidade Estadual Paulista), atua principalmente com ilustração, animação, design sonoro e diagramação. Ganhador, com Rafael Nakaoka, do concurso "Você é o Diretor" da gravadora Trama, com clipe em animação para a banda Mombojó, em 2007. Tem ilustrações publicadas na Revista Simples nº41, na revista Zupi nº 02, na revista Katalogue nº 02 (www.katalogue.net), no site www.theinternationalillustrated.com, no site www.bestia.tv, no site www.ideafixa.com, entre outros. O site com seus trabalhos está no ar podendo ser acessado através do endereço eletrônico www.fdeflavio.com.
Animação: Rafael Nakaoka
Formado em Desenho Industrial pela UNESP, é designer freelancer, atuando nas diversas áreas relativas ao design gráfico e sonoro. Entre seus trabalhos de maior destaque, estão: co-autoria do projeto gráfico do livro “Da Rosa e do Anjo” de Pietro Picolomini; criador da trilha sonora para a vinheta do Canal da Cidade, de Ribeirão Preto. Também realizou a criação dos materiais de divulgação das peças “Chamada a Cobrar” e “Eu sei que vou te amar”, pelo SESI/Mogi das Cruzes. Ganhador do concurso "Você é o Diretor" da gravadora Trama, com clipe em animação para a banda Mombojó, em 2007. Autor do projeto gráfico do curta-metragem “Variante E”, em produção.
Trilha sonora: Martin Eikmeier
Formado em Imagem e Som pela UFSCar , obteve o título de mestrado na UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) com dissertação sobre o papel da música como elemento de sintaxe no discurso narrativo no cinema; atualmente é doutorando pela mesma universidade e trabalha com pesquisa sobre a música no cinema Brasileiro. Músico e compositor de trilhas musicais para cinema e teatro, é diretor musical e compositor da Companhia do Latão, um dos grupos mais importantes na cena teatral em São Paulo; seu último trabalho foi a música do Espetáculo “O Círculo de Giz Caucasiano”. Além disso, possui diversas trilhas musicais compostas para cinema e vídeo de curta e longa metragem, ficção e documentário, entre eles: “Quintal dos Guerrilheiros”, de João Massarolo, “Vlado”, de João Batista de Andrade e “O Próximo”, de Maya Guizzo. Também ministra aulas e workshops na UNIP, no SENAC e em eventos ligados à área.